1.5.13

Detesto que me mintam.
Quem mente esconde.
Detesto que me escondam coisas.
Detesto que me desiludam.
Cada vez que me desiludem, que me mentem, morre um bocadinho da consideração, do amor, da vontade, da compreensão, da paciência.
Não devia ser assim, ou, talvez, eu não deveria ser assim.
Mas é inevitável.
Quando esperamos qualquer coisa de alguém, quando confiamos, quando há expectativas elevadas, estamos sujeitos a todo o tipo de situações.

As pessoas esquecem-se de dar, só sabem pedir (contra mim falo). Mas chega uma altura em que a 'balança' já não está  nada equilibrada. E quando se sente que se dá mais, se espera mais, do que se recebe e do que sente de volta é como estar à beira de um precipício e não saber se saltamos, ou se recuamos e tentamos, mais uma vez. Porque achamos sempre que vale a pena. Que as pequenas coisas se esquecem, passam. Que não são nada.
Mas eu não sou assim.
Não consigo esquecer quando me magoam. Perdoo, engulo seco, mas não esqueço.
Porque as coisas pequenas, que nos passam, mais tarde encaixam, fazem sentido. E temos todo o direito de duvidar, até de nós. Se somos felizes? Se há outra maneira que nos torne mais completos, mais tranquilos.

Só sei que desilusões não quero. Para as ter, tenho-as por mim própria, não preciso de interferência.

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